5 anos depois regresso à Nave Mestra;
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Hoje, 16/07/2016, o nosso PNSE (Parque Natural da Serra da Estrela) faz 40 anos e para comemorar este aniversário o ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas) e o PNSE em parceria com o CISE (Centro de Interpretação da Serra da Estrela) e o CERVAS (Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens) resolveram organizar, no dia 15, uma caminhada com inicio no Vale do Rossim, Penhas Douradas, Seixo Branco, Vale das Éguas, Nave Mestra (Casa do Juiz ou Barca dos Herminius), regressando depois ao Vale do Rossim. Durante todo o percurso fomos acompanhados por um cão (que se juntou a nós no Vale do Rossim). Conhecia os trilhos melhor que qualquer guia ou GPS. Quando se adiantava demais, aproveitava cada sombra fresca e à beira das rochas para esperar e descansar. Um cão extraordinário. Poderia ser chamado de cão guia.
Antes de começar a caminhada, foi libertada uma Águia Cobreira, recuperada pelo CERVAS, depois de chegar subnutrida às suas instalações.
"Sobre o Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE)
O Decreto-Lei n.º 557/76 de 16 de julho, classificou o maciço da Estrela como Parque Natural, referindo tratar-se de "uma região de característica economia de montanha" onde subsistem "refúgios de vida selvagem e formações vegetais endémicas de importância nacional".
Acrescente-se que à classificação não foi alheio o valor paisagístico do conjunto, "uma personalidade" no dizer de Miguel Torga, nem as ameaças em termos de ocupação do espaço.
A serra da Estrela é dominada pela ocorrência de rochas graníticas, com idade compreendida entre os 340-280 milhões de anos, que se encaixam nos metassedimentos de idade Precâmbrica-Câmbrica, entre os 500-650 milhões de anos, relativos ao Complexo Xistograuváquico.
Em épocas mais recentes, os agentes de erosão levaram à formação de depósitos sedimentares, alguns dos quais com características muito particulares, como os provocados pela ação dos glaciares, há cerca de 20.000 anos.
A flora e a vegetação do PNSE apresentam características únicas em Portugal, que se traduzem, por um lado, na existência de 5 espécies, 2 subespécies e 7 formas e variedades estritamente endémicas da serra da Estrela (Silva & Teles, 1986) e por outro, numa zonação altitudinal muito característica, que é fruto da elevada altitude da serra.
Em termos de conservação, no que diz respeito à flora, encontram-se no Parque nove espécies de plantas incluídas no anexo II, 5 espécies incluídas no anexo IV e 23 espécies incluídas no anexo V da Diretiva Habitats (Jansen, 1997).
No que se refere à zonação altitudinal, segundo Silva & Teles (1986), a vegetação da serra da Estrela encontra-se diferenciada em 3 andares, cujos limites podem oscilar, sensivelmente, de acordo com o local considerado: andar basal (até 800-900 m); andar intermédio (de 800 a 1600 m) e andar superior (acima dos 1600 m).
A fauna distribui-se pelos 5 grandes meios que são facilmente reconhecíveis na serra da Estrela: o rural; o florestal; o arbustivo; o subalpino; e os cursos de água.
Quanto aos Habitats, no Parque encontram-se cerca de 30 incluídos na Diretiva Habitats, sendo que destes, 6 são prioritários."
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