Esta caminhada foi efetuada em duas alturas diferentes; a primeira no ano de 2014 em setembro e a segunda na sexta feira santa de março/2015, por erro nosso. Como o percurso é linear, ou têm dois carros ou fazem o percurso nos dois sentidos, perfazendo cerca de 8 kms. Foi o que nós fizemos, começando na Teixeira de Cima. Até porque neste momento a estrada entre as duas Teixeiras está cortada, por deslizamento de terras. Existe outra estrada secundária que faz a ligação.
Deixámos o carro próximo do edifício da Associação local e saímos da aldeia entrando no vale da Ribeira da Teixeira, acompanhando sempre a referida ribeira, até à Teixeira de Baixo. Este antigo caminho pedestre é o mesmo que ligava e liga as duas Teixeiras, tendo sido usado pelos habitantes da Teixeira de Baixo para irem à escola, levar os defundos para o cemitério e ir à missa; por isso o nome Rota da Missa.
Ao longo do percurso e da ribeira podemos observar antigas habitações em xisto e respetivas quintas. Algumas ainda são amanhadas pelo habitantes das duas aldeias.
Uma das plantas que teima em nos acompanhar, ao longo de todo o percurso, é o medronheiro; a sua fruta é excelente para a produção da “mais fina e cristalina aguardente”, a denominada “pelicórdia” (aguardente de medronho). Na Teixeira de Cima no mês de novembro têm por hábito fazer a festa do medronho, que inclui entre outras atividades a apanha do medronho.
Chegados ao destino tratamos de procurar as duas senhoras que fazem queijo de cabra e que conhecemos na Feira do Queijo de Seia, do ano passado. Encontrámos, pedimos e pagámos. Mochila cheia de queijo de cabra; pés ao caminho porque o carro está na Teixeira de Cima. Fazer o mesmo percurso no sentido inverso tem uma vantagem; o caminho é o mesmo, mas vemos coisas que não vimos antes.
A partir daqui vem a parte do percurso que foi feita em 2014; primeiras fotos do álbum. Depois de chegarmos à Teixeira de Baixo o percurso continua, pelo vale já referido, até sairmos da aldeia e entrarmos nos pinhais adjacentes, não tendo, depois, seguimento e ou marcação.
No regresso vimos duas senhoras a erguer o milho, ficando à conversa com elas durante algum tempo.
Neste dia de 2014 aconteceu uma história curiosa; conforme fomos avançando no vale e em direção aos pinhais, de vez em quando, víamos um vulto, ao longe, no trilho e quando chegávamos ao local já não víamos ninguém. Olhávamos a toda a volta e nada, sendo impossível essa pessoa desaparecer sem deixar rasto, dado que o campo de visão era sempre bem largo. Por vezes também se conseguia ver um cão a acompanhar o vulto. Isto aconteceu várias vezes, até que passou a chamar-se o Fantasma da Teixeira. Entretanto resolvemos regressar à aldeia e já tínhamos esquecido o assunto quando ao sairmos do pinhal para entrarmos no trilho/percurso e no final de uma curva estamos de frente com o Fantasma da Teixeira com o seu cão. Não me perguntem como é que passou por nós, nem como chegou muito mais rápido aquele local, porque a ultima vez que o tínhamos visto estava bem à nossa frente, no sentido contrário ao que seguíamos, nessa altura. Não era nem mais nem menos que a senhora que podem ver nas fotos com o seu cão e que aparentemente deve ter alguns problemas de saúde; tentei falar com ela, mas nem sequer me respondeu.
Se fizerem este percurso num dia de calor, não se esqueçam de levar fato de banho porque na Teixeira de Cima existe uma bela piscina, com uma vista sobre o trilho, fantástica.
Para finalizar e no regresso, podem escolher um dos restaurantes que existem nas várias aldeias próximas. A nossa escolha, desta vez recaiu sobre o Guarda Rios na Barriosa; as trutas do Aguincho, ficam para outra oportunidade.
No regresso a Seia podem passar pelas belas aldeias do Muro, Casal do Rei e Cabeça...
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