A capela de Santa Ana, construída, nos finais de 1901 e benzida em 22 de Agosto de 1903. Está votada ao abandono. É triste ver um local que era belíssimo e onde passei alguns momentos da minha infância e juventude, completamente abandonado. Só se vêm mimosas, ainda se consegue chegar à capela, a pé. Depois é a completa tristeza, ao olhar para as ruínas, conforme podem ver nas fotos.
Escreve, sobre a capela, o Pe. Dr. J. Quelhas Bigotte, na Monografia da Cidade e Concelho de Seia;
"...O local é dos mais aprazíveis, tanto pela eminência topográfica do terreno, uma elevação de perto de cem metros sobre o casario da cidade, donde se disfruta um panorama variado e multicolor, como pela amenidade da mata agreste, exuberante de viço e perfumada na primavera pelas imanações odoríferas das acácias."
"...gigantes álamos, que o Dr Amândio Eduardo da Mota Veiga, fundador da capela, ali mandou plantar há mais de 90 anos." "...O monte de Santa Ana, com a capela poeticamente incrustada no friso esverdeado da mata, é um dos locais mais encantadores que circundam a cidade." Este texto foi escrito/publicado em 1945 (1ª edição da Monografia), consta da sua ultima edição, tenho ambas. Nasci em 1970, durante muitos anos, continuou a ser um local, aprazível.
Ao ler esta passagem da Monografia, quem não conhecer, pensa que vai encontrar um local, belíssimo. Que na verdade era. Sei que este post, não vai chegar a quem de direito e mesmo que chegue, ninguém vai fazer nada pelo local. Lembro-me de ver perto do local sepulturas antropomórficas. Com tanta vegetação, não deve ser fácil encontrar as mesmas. Bem tentei, mas não consegui.
Fotógrafo, por acaso e quando me apetece... Caminheiro, menos vezes do que aquelas que quero!
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Olá Nuno
ResponderEliminarTambém eu participei na festa de Santana várias vezes. Juntamente com os meus vizinhos, aqui em Seia, pegava nos meus filhos logo de manhã e instalávamo-nos na mata de Santana junto à capela. Os miudos brincavam pela mata fora. Os carros entravam lá para dentro livremente, nesse dia, contrariamente ao que acontece agora. Hoje em dia, nem entram carros nem há festa! Não imaginava que a capela estava tão degradada. As suas imagens são muito preocupantes!
Um abraço
Uiiiiiii até dói. Isso sim merece ser noticia. Recorda-me os meus tempos de escuteiro onde ali realizávamos muitas actividades. Nunca pensei que pudesse estar assim.Bom trabalho Nuno.
ResponderEliminarTambém lá passei bons momentos.
ResponderEliminarCom os escuteiros, fizemos um acampamento a nível nacional. Recordo-me perfeitamente da mata, assim como das sepulturas.
É o país/cidade que temos e não merecemos.