quarta-feira, 6 de maio de 2009

Amareleja, a terra mais deprimida e abrasadora da UE!


"Segunda maior central solar do mundo começou hoje a funcionar em pleno no Alentejo"
in Público em 23.12.2008
link no titulo

Pesquisa efectuada em, meados de 2004.

Males que vêm por bem: Amareleja, a terra mais deprimida e abrasadora da UE, vai acolher a maior central de energia solar do mundo.

Naquela que é uma das regiões mais pobres e deprimidas de toda a União Europeia, está em marcha um mega projecto de desenvolvimento sustentável, cujo objectivo primeiro é fazer render o único bem que por ali existe em abundância, o Sol. Vai nascer num baldio conhecido por Ferrarias, com cerca de 114 hectares de extensão, a maior central de energia fotovoltaica do mundo, um investimento a rondar os 250 milhões de euros. Para atingir os 64 megawatts (MW) de potência previstos, nos próximos cinco anos serão instalados 376 painéis solares. O complexo será 12 vezes superior à maior central existente e em funcionamento na Alemanha.

O principal mentor do projecto, Aníbal Lamy, afirma que, “apesar da vasta área de ocupação da central, os impactos no meio físico serão positivos”. Os painéis vão ser instalados em terrenos áridos, isentos de potencial agrícola ou florestal. E porque os painéis ficarão suspensos a cerca de um metro do solo, os terrenos beneficiarão, do ponto de vista ecológico. “Está prevista a plantação de urze entre os painéis, o que contribuirá para a retenção da húmida, permitindo a reabilitação do coberto vegetal e o regresso das espécies animais autóctones.” Este projecto vai criar 2 500 postos de trabalho. Para além da construção da imensa “seara” de painéis solares, prevê-se ainda a abertura de uma fábrica de componentes para produção de energia fotovoltaica, novos parques habitacionais cujas diferentes casas geram electricidade própria, um centro de investigação em energias solares e a criação de um instituto de estudos superiores na área dos recursos naturais.

Foi selado um acordo com a Agência Portuguesa de Investimento, A Direcção-Geral de Energia e a BP Solar, para se iniciar ainda este ano, a construção da estrutura. Cabendo à BP Solar, sediada em Madrid a instalação no Alentejo de uma fábrica de painéis solares e a montagem faseada da central até Maio de 2008. Com a vinda da BP Solar para Portugal, espera-se que muitas outras empresas da área do fotovoltaico se possam instalar em Moura. A energia produzida na Amareleja, que será vendida à EDP e entrará na Rede Eléctrica Nacional (REN) a partir da subestação do Alqueva, “apenas será viável se para ela for estabelecido um preço político, já que se trata da energia renovável menos poluente que existe e a sua produção vai contribuir para a fixação de população e para atribuir quadros para uma região bastante deprimida e fortemente dependente do sector agrícola”, defende o Presidente da Câmara Municipal de Moura, José Maria Pós-de-Mina.

Posto isto, mais uma vez se e se comprova que o meio ambiente tem formas de nos ajudar a viver melhor, sem o destruirmos, aproveitando pura e simplesmente o Sol.

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